sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Autor: Brett Kahr
Editora: BEST SELLER
Páginas: 685

O sexo e a psique


    Estamos vivendo hoje um tipo de revolução sexual. O mundo está concedendo espaço para o diferente, aquilo que antes era considerado anormal. Está cada vez mais comum a disseminação do fetichismo - assunto que antes era visto com olhos rigorosos e, provavelmente, há alguns anos seria o intocável dos tabus. 

    Hoje, porém, especialmente com o sucesso de livros como 50 tons de cinza, este é um assunto que interessa muitos jovens curiosos por aí. 
    O livro "O Sexo e a Psique", escrito pelo psicanalista britânico Brett Kahr consegue ir mais além. Trata-se de uma pesquisa sobre fantasias sexuais feita com 19.000 ingleses através da internet ou pessoalmente em seu escritório. A obra é parte de um estudo sobre por que temos fantasias sexuais e de onde elas vieram, em uma visão psicanalista. No mínimo interessante, a pesquisa revela que todo mundo - ou quase - tem alguma fantasia escondida nos baús de nossas mentes criativas. De sexo comum e romântico aos mais diversos cenários apocalípticos, os relatos são pra fetichista nenhum botar defeito.
    Em um trecho do livro, Kahr ressalta: "Existem dois tipos de fantasias: aquelas mais festivas, que revelamos com orgulho aos amigos de bar, e outras, que vêm das profundezas de nossa mente, que muitas vezes não revelamos nem aos companheiros ou muito menos a estes". 
    Com um envolvente tema para a pesquisa, o psicanalista revela no levantamento de dados que aproximadamente 90% das pessoas traem em suas fantasias. Ou seja, ao transar com um, imaginam estar na cama com outro. Ou outros.
    Brett Kahr mostra que uma grande parcela da população prefere a fantasia ao ato sexual. Não é a toa que este é um assunto que mais cresce em termos de tabus. Vale a pena dar uma conferida no livro, apesar das suas 685 páginas. Posso afirmar que a leitura será deliciosa!

2 comentários:

  1. achei sim boa análise da psicanálise... e só existe fantasia porque temos limitações materiais para isso... constata-se que a maioria prefere a fantasia - que aliás é o que mais alimenta mesmo o ato, do que o ato em si, em questão? Mas isso tudo só é possível mesmo porque alguns padrões de cultura vão se transformando aqui e ali, mas ainda teimosamente - haha, me prendo na opinião de que o grande inimigo que temos foi um muro moral construído em frente a nossa porta! Por exemplo: por que imaginar fazendo a relação - como está posto sobre o livro acima, com outra pessoa? Não nos parece mais psicologicamente saudável imaginar isso tudo com o próprio parceiro, namorado, marido? Ou melhor ainda, se todos esses referenciais morais de nossa constituição histórica se acabassem, como padrões formais e aceitos de família e o que se considera normal, em busca de um viver realmente livre de escolha? Se constata para mim uma patologia do Ocidente!

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A Autora

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Vivian é Vivian porque assim decidiu o seu Paulo em 1988. Estuda psicologia, escreve em blogs, é esposa e escritora freelancer nas horas vagas.

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